Terra estrangeira

A Marvada Carne

A Próxima Vítima (1995)

A Próxima Vítima, escrita por Silvio de Abreu e exibida pela Rede Globo em 1995, é um marco na teledramaturgia brasileira. Misturando suspense policial, drama familiar e crítica social, a novela cativou o público ao trazer um enredo instigante, que girava em torno de assassinatos misteriosos e das complexas relações entre os personagens.

Enredo

A trama principal envolve uma série de assassinatos conectados por um detalhe peculiar: todas as vítimas têm seus nomes riscados em uma lista misteriosa. O assassino, que dirige um Opala preto, deixa o público intrigado até o último capítulo, quando a identidade é finalmente revelada. Essa premissa policial manteve os telespectadores grudados na tela, discutindo teorias e tentando desvendar o mistério.

Paralelamente, a novela aborda temas sociais importantes, como preconceito racial, homofobia, desigualdade de classe e corrupção. A família de Ana (Susana Vieira) está no centro da trama, com segredos e conflitos que se entrelaçam ao mistério dos assassinatos.

Personagens de Destaque

A novela apresentou um elenco primoroso, com personagens inesquecíveis, como:

• Ana (Susana Vieira): A matriarca batalhadora que luta para sustentar a família e enfrentar os desafios de um mundo cheio de injustiças.
• Marcelo (José Wilker): O homem sedutor e misterioso, que guarda segredos cruciais para o desenrolar da história.
• Isabela (Cláudia Ohana): Uma mulher forte e determinada, que enfrenta preconceitos enquanto busca a verdade sobre os crimes.
• Carmela (Aracy Balabanian): A irmã amarga de Ana, cuja relação com ela é marcada por ressentimentos e desconfianças.

Além disso, personagens secundários cativantes enriquecem a trama, como o hilário casal Zé Bolacha (Lima Duarte) e Fátima (Zilka Sallaberry), que trouxe leveza à narrativa.

Suspense e Mistério

Um dos grandes trunfos de A Próxima Vítima foi seu formato inovador. O público era constantemente desafiado a descobrir o assassino, enquanto novos detalhes e reviravoltas eram revelados. O enigma do Opala preto tornou-se um símbolo da novela, e a tensão aumentava a cada cena em que o carro aparecia.

A novela também apresentou um final alternativo no exterior, onde o assassino era outro personagem, alimentando ainda mais o fascínio em torno da história.

Impacto e Legado

A Próxima Vítima não foi apenas um sucesso de audiência, mas também se destacou pela coragem ao abordar temas polêmicos e pelo elenco diversificado. A obra demonstrou como uma novela pode entreter e, ao mesmo tempo, trazer reflexões sociais profundas.

O mistério, os personagens marcantes e o final surpreendente fazem de A Próxima Vítima uma obra atemporal. É uma daquelas histórias que permanecem na memória afetiva de quem assistiu e continuam a ser discutidas décadas depois.

Resenha de A Tensão entre o Público e o Privado: Ensaios sobre os Paradoxos do Projeto Democrático Constitucional Brasileiro – Arraes Editores

Este livro, organizado por um grupo de renomados autores e publicado pela Arraes Editores, apresenta uma análise detalhada e crítica das complexas relações entre o público e o privado no contexto da democracia constitucional brasileira. A obra é composta por ensaios que abordam diferentes aspectos históricos, sociais, políticos e jurídicos dessa tensão, refletindo os desafios inerentes ao projeto democrático brasileiro.

Uma reflexão sobre os paradoxos brasileiros

O livro explora como as fronteiras entre o público e o privado no Brasil frequentemente se confundem, resultando em uma série de paradoxos que afetam a efetividade e legitimidade das instituições democráticas. Os ensaios investigam como essas interações afetam temas como corrupção, direitos fundamentais, políticas públicas e o papel do Judiciário na mediação desses conflitos.

Questões estruturais e históricas

A obra não se limita ao presente, mas busca raízes históricas para entender os desafios atuais. O processo de formação do Estado brasileiro, os legados do autoritarismo e as influências do patrimonialismo são analisados como elementos estruturantes dessa tensão.

Os autores mostram que o histórico de sobreposição entre interesses privados e decisões públicas é um dos principais obstáculos para a consolidação de um sistema verdadeiramente democrático e republicano.

Conflitos contemporâneos

O livro também aborda questões contemporâneas, como o papel da mídia, a judicialização da política e a influência econômica na definição de políticas públicas. Esses fenômenos são vistos como reflexos das dificuldades do Brasil em equilibrar interesses privados legítimos e o bem público, conforme previsto no projeto constitucional de 1988.

A democracia como projeto em construção

A principal mensagem do livro é que a democracia brasileira ainda é um projeto em construção. Apesar dos avanços promovidos pela Constituição de 1988, as tensões entre público e privado permanecem como um desafio central. Os ensaios apontam a necessidade de fortalecer instituições, ampliar a participação popular e repensar práticas sociais que perpetuam desigualdades e abusos de poder.

Conclusão

A Tensão entre o Público e o Privado é uma leitura indispensável para acadêmicos, juristas, cientistas políticos e todos que se interessam por uma análise aprofundada e crítica do sistema democrático brasileiro. O livro não apenas ilumina os paradoxos do presente, mas também oferece caminhos para a construção de uma democracia mais justa e inclusiva no Brasil.

Com uma linguagem acessível e uma abordagem interdisciplinar, a obra se destaca como uma contribuição significativa para o debate sobre o futuro da democracia no país.

Paradoxo

Substantivo masculino

1. Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a opinião consabida, a crença ordinária e compartilhada pela maioria.
2. Aparente falta de nexo ou de lógica; contradição.
   Exemplo: "Pregar o amor e espancar os filhos é um paradoxo."

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Resenha de O Paradoxo da Escolha, de Barry Schwartz

Resenha de O Paradoxo da Escolha, de Barry Schwartz (Imagem gerada com inteligência artificial por DALL·E.)

Em O Paradoxo da Escolha: Por que mais é menos, Barry Schwartz apresenta uma reflexão provocativa sobre um dos maiores dilemas da vida moderna: o excesso de opções. O autor desafia a ideia amplamente aceita de que mais escolhas sempre levam a mais liberdade e felicidade, argumentando que, em muitos casos, a abundância de alternativas pode ser debilitante e gerar insatisfação.

A tirania da escolha

Schwartz explora como o aumento do número de escolhas disponíveis em praticamente todas as esferas da vida — de produtos no supermercado a caminhos de carreira —, em vez de nos empoderar, pode levar à paralisia e à ansiedade. Ele explica que, ao tentar fazer a melhor escolha possível, nos tornamos vítimas de um perfeccionismo sufocante que drena nossa energia emocional.

Maximizadores vs. Satisfeitores

Um conceito central do livro é a distinção entre "maximizadores" e "satisfeitores". Os maximizadores buscam sempre a melhor opção disponível, enquanto os satisfeitores ficam satisfeitos com escolhas que atendam aos critérios básicos. Schwartz demonstra que os maximizadores frequentemente acabam mais infelizes, mesmo quando fazem melhores escolhas objetivamente, porque tendem a se preocupar com o que poderiam ter perdido.

Os custos ocultos das opções

O livro também discute como o excesso de escolhas pode impactar negativamente nossa saúde mental, relacionamentos e bem-estar geral. Schwartz argumenta que o arrependimento pós-escolha, a comparação social e o medo de tomar decisões erradas contribuem para um constante estado de insatisfação.

Soluções práticas

Embora o diagnóstico de Schwartz sobre o problema seja desafiador, ele oferece estratégias para aliviar o peso das escolhas. Entre elas:

• Reduzir as opções deliberadamente.
• Abandonar a busca por "o melhor" e se contentar com "bom o suficiente".
• Focar em decisões que realmente importam, ignorando escolhas triviais.

Conclusão

O Paradoxo da Escolha é uma leitura essencial para quem deseja entender como o mundo contemporâneo molda nossas decisões e emoções. Barry Schwartz combina psicologia, economia comportamental e histórias do cotidiano para oferecer uma análise acessível e instigante sobre os custos de viver em uma cultura de escolhas ilimitadas.

Recomendo este livro para todos que buscam simplificar suas vidas, tomar decisões mais conscientes e, acima de tudo, encontrar mais satisfação em um mundo cheio de opções.

Livros sobre Paradoxos

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Milionário e José Rico - Pela longa estrada da vida

Duração: 2:27

Nesta longa estrada da vida
Vou correndo e não posso parar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar

Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o final da corrida chegou

Este é o exemplo da vida
Para quem não quer compreender
Nós devemos ser o que somos
Ter aquilo que bem merecer
Nós devemos ser o que somos
Ter aquilo que bem merecer

Mas o tempo cercou minha estrada
E o cansaço me dominou
Minhas vistas se escureceram
E o final desta vida chegou

Fonte: LyricFind
Compositores: Jose Alves Dos Santos
Letra de Estrada da vida © Warner Chappell Music, Inc

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